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15 de junho de 2004

É que eu preciso dizer que te amo

Hoje fui assistir Cazuza e resolvi fazer um post sobre o filme. A princípio eu me senti meio relutante em ir ao cinema. Não gosto muito de ver meus idolos interpretados por outros, gosto do Cazuza mesmo, não da imagem dele. Por exemplo: eu assisti o filme do The Doors e como eu tinha visto poucas fotos do Jim Morrison, eu fiquei pra sempre com a imagem do Val Kilmer como o vocalista do Doors... rs.

Mas como a crítica e meus amigos estavam falando bem do filme, por que não assistir?

Vida louca, vida breve...

Realmente o Cazuza era foda. Em todos os sentidos. Tudo o que eu tenho de moderado o Cazuza tinha de radical. Pelo retrato do filme, ele vivia intensamente. Tem uma cena em que ele questiona as pessoas se elas tem vergonha. Eu acho que eu seria um dos que teria vergonha de responder. Mas no fundo é vergonha de quê?

As vezes passamos tanto tempo nos escondendo de tudo que já esquecemos até o que nos levou a nos esconder. Nos escondemos atrás de máscaras, atrás do orgulho, atrás de mágoas. E esquecemos de viver. E aquele garoto que queria mudar o mundo, agora assiste a tudo em cima do muro.

Quando ninguém está realmente certo, pois existe o certo o errado e um monte de outras coisas, e nesse labirinto nem tudo é branco ou preto. Se você não se questionar sobre as coisas que faz, sobre as escolhas que toma, quem vai fazer isso pra você? Ninguém. A sua piscina tá cheia de ratos, as suas idéias não correspondem aos fatos. A vida deixa de ser vida e vira rotina. E você se acostuma com isso.

Que ridículo.

Como temos a capacidade de nos acomodar...

PS: Não se acostumem com esse post, não sei quando volto a postar.