Quando somos crianças, o tempo parece que
não passa. Alguns minutos são uma eternidade, principalmente se não temos nada
para fazer. As férias são um período mágico, quando nos divertimos com nossos
amigos, brincamos, jogamos e vivemos. E conforme vamos crescendo, surge a
impressão de que não temos mais tempo para nada.
Chegou mais um final de ano, já passei dos
trinta e sinceramente não vi 3 décadas passarem. Ainda sou a criança que eu
vejo hoje em fotos e na memória. Tive uma infância feliz, apesar das
dificuldades que toda criança enfrenta. E ainda tenho uma vida muito feliz! Mas
os desafios mudaram. E agora no natal, eu me recordo de como era bom ser
criança.
De certa forma eu acredito que essa
saudades de ser criança é uma das motivações que levam as pessoas a serem pais.
Queremos trazer de volta a alegria da inocência, as brincadeiras, mas dessa vez
como observadores. Aprendemos vendo um pedacinho nosso crescer: nossos filhos.
Com certeza eles tomarão caminhos
diferentes dos nossos. Mas acredito que seja esse o ciclo da vida. Crescemos,
vivemos e geramos uma nova vida.
Algumas pessoas não conseguem entender como
os pais dão tudo o que tem aos seus filhos – as vezes até aquilo que não tem.
Dão duro para trabalhar e sustentar uma casa, se endividam para pagar as contas
(escola, alimentação, roupas, etc) e ainda sobra um pouco para presentear seus
filhos no final do ano. Mas fica simples de entender todos os sacrifícios se
você olhar pela perspectiva de que nossos filhos são parte de nós, vieram de
nós.
E o natal, nada mais é do que o nascimento
(no latim) de uma vida – um marco para a humanidade. Eu aproveito essa data
para pensar na vida e também no nascimento de um novo ano que está próximo. Me
lembro do que vivi, e do que ainda tenho pra viver. E agradeço por cada dia!
Feliz natal para todos!