9 de agosto de 2004
Como complicar coisas simples
Na verdade ninguém precisa ler essa lição para aprender. Parece que nós já sabemos disso desde que nascemos. Principalmente as mulheres.
Nesse final de semana passei algum tempo com duas amigas, e conversei bastante com elas. Uma delas atualmente se encontra no passo 6 do manual abaixo. Entenda como funciona esse fenômeno inexplicável, através desse simples passo-a-passo:
Passo 1 - Ele se apaixona ou fica a fim dela.
Passo 2 - Começa a estratégia masculina para conquistá-la. Em alguns casos envolve flores, muito xaveco, jantares, etc.
Passo 3 - Depois de muita insistência por parte dele, finalmente eles ficam, namoram, ou outras coisas mais carnais. (Detalhe: o aspecto "carnal" costuma ser fundamental para que ocorram os passos seguintes).
Passo 4 - Depois de consumado o fato, o homem acaba se distanciando (ou como dizem aqueles que estão na "guerra", ele parte pra outra).
Passo 5 - Ela que nunca ligou muito para ele, que quando ele mandava flores achava ele um tolo, que trocava ele por outro em qualquer oportunidade, acaba percebendo a besteira que fez quando o deixou ir embora e finalmente se admite apaixonada.
Passo 6 - Ela corre atrás dele
Passo 7 - Depois de ignorá-la, maltratá-la várias vezes, numa oportunidade em que ele não tenha nada melhor pra fazer, ele acaba "ficando" com ela de novo (esse passo é opcional, mas acontece na maior parte dos casos, e as vezes é até por iniciativa dele).
Passo 8 - Não demora muito e ele volta a ignorá-la, pois só queria sair da seca quando "pegou" ela na última vez.
Passo 9 - Repetição eterna dos passos 6, 7 e 8.
Eu até consigo entender o que leva um homem a fazer isso. Normalmente as mulheres se fazem de tão difíceis para ele, que conquistá-la passa a ser uma vitória. E como vocês devem ter percebido, nós homens adoramos competir e principalmente ganhar - vide jogos olímpicos, video-games, jogos de futebol, etc. - se não fosse pelos homens e pela sua sede de vitória, os esportes não seriam nada.
Mas e vocês mulheres? O que as leva a esse ciclo de auto-tortura e sofrimento? Vocês demoram tanto para gostar de alguém, pelo menos não poderiam escolher a pessoa certa? Ou então, ao invés de demorar tanto para se entregar a alguém, por que não dá uma chance para aquele cara legal que você sempre achou interessante, ao invés de fazer o coitado passar por uma maratona.
De qualquer forma, não é nada tão fácil de resolver, por que já complicamos bastante. Mas para o homem, isso é relativamente cômodo. Nós estamos acostumados a competir. Mas para as mulheres, eu não gostaria de dizer que vocês estão acostumadas a sofrer.
4 de agosto de 2004
Resposta ao comentário!
Mas enfim, eu lembrei, e é o seguinte: quanto à qualidade musical da banda, eu não comentei nada. Porém um verso ficou na minha cabeça foi: "To tentando me encontrar, to tentando me entender". E no contexto em que eu me encontro esse verso é perfeito. Não me importa quem cantou ele, mas a idéia não saiu da minha cabeça.
Normalmente esse tipo de pensamento é diretamente relacionado à adolescentes. Já faz algum tempo que eu sai da adolescência e tenho certeza de uma coisa: fica mais difícil depois. Os adolescentes pelo menos estão amparados pela situação. É um momento para eles terem dúvidas, serem confusos, incompreensíveis.
Mas os jovens adultos não tem esse amparo. Eles têm que estar prontos sendo que muitas vezes não estão. Eu já assumi essa responsabilidade mas ainda estou tentando me encontrar e você?
Enfim, uma resposta virou um post.
30 de julho de 2004
Pensamentos Rápidos e rasteiros
Eu que achava esse tal de Orkut a maior besteira. É, quem diria. Parece idiotice. É um negócio lento. Toma muito tempo (coisa que não tenho). Mas vira e mexe, eu me pego procurando um velho amigo, ou olhando as fotos de alguém que não encontro há anos.
No final das contas tenho que admitir que esse troço é legal.
Mas falando sobre o blog. Durante o dia eu tenho tido algumas boas idéias para postar por aqui. Hoje pensei: vou colocar alguma coisa interessante no blog. Mas quando sentei na frente do computador, por volta de meia-noite, os últimos neurônios que sobreviveram a mais um dia de trabalho estavam cansados de mais.
Mesmo assim eu insisti, e estou aqui.
Tem uma música que não sai da minha cabeça... Nem é tão boa assim, mas grudou. Alguns trechos interessantes dessa música (Detonautas - O dia que não terminou)
"Meu coração tem segredos
Que movem a solidão
A solidão
Me sinto tão estranho aqui
Diferente de vc irmão
A sua forma de extorção
Não pareço com ninguém
Sei lá
Pois eu sei que nós temos o mesmo destino então
Tô tentando me encontrar
Tô tentando me entender
Por que tá tudo assim? "
E pra terminar. Dizer que o amor chegou ao fim. O amor não, mas esse post está quase lá.
Estive pensando nos blogs (culpa do Orkut). Para que eles servem? Acho que nós que escrevemos um blog, estamos colocando um produto na prateleira. Um produto da nossa mente. Mas como é um produto, e já nascemos com um pensamento capitalista em nossa mente, queremos algo em troca. Esperamos de vocês, nossos leitores somente uma coisa: atenção.
Eu nunca gostei de chamar atenção. Na escola, no trabalho, eu procurava não me destacar. Pelo menos não pela aparência. Nunca vesti roupa da moda, nem me preocupei muito com o que os outros achavam de mim. Mas aqui no blog é diferente. Eu queria que várias pessoas lessem o que eu escrevo. Na verdade eu queria que as pessoas certas encontrassem o meu blog e através dele eu formasse um elo com essas pessoas.
Viagem, né?
Mas continuo tentando...
PS: Se parecer pra você que é outra pessoa que esta digitando esses textos, esteja certo(a) que sim. “Eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante”
18 de julho de 2004
Efeito borboleta
São diversas as formas de expressão. Falar, escrever, desenhar, esculpir, filmar, tirar fotos, etc. Acho que gosto um pouco de cada uma delas, e talvez a forma de expressão que eu mais encontro dificuldade para usar é a fala.
As vezes é difícil manter a coerência quando se está expressando oralmente. É pior ainda, se o assunto envolve sentimentos. Quantas vezes eu já me vi com as pernas bambas e sem saber o que falar em frente àquela que me despertou interesse.
Por isso, de tempos em tempos, eu passo por aqui. Para dar um "oi" para minha própria consciência. Para desabafar, deixar registrada uma parte dos meus sentimentos que tenho dificuldade em lidar.
Agora eu queria ligar esse assunto ao meu dia-a-dia. Hoje fui ao cinema assistir o "Efeito borboleta". Eu já esperava gostar desse filme. Não chega a ser uma grande novidade, pois muitos filmes atuais já exploraram a narrativa de futuros alternativos. Mas ainda assim o filme tem o seu crédito.
Primeiro: aqueles que não gostam de muita tensão, nem drama psicológico, esqueçam esse filme. Para as meninas que gostam de romance, pelo trailler já dá pra ver que não tem muita coisa. Mas no fundo, nada teria acontecido se não fosse por uma mulher.
Resumidamente, o filme é a história de um cara que descobre como interferir no seu passado. E com isso um enorme prisma de possibilidades se abre, mas cada um tem as suas conseqüências.
Eu recomendo que assistam à esse filme. As palavras tem um significado especial quando nos levam de volta à lembranças...
15 de junho de 2004
É que eu preciso dizer que te amo
Mas como a crítica e meus amigos estavam falando bem do filme, por que não assistir?
Vida louca, vida breve...
Realmente o Cazuza era foda. Em todos os sentidos. Tudo o que eu tenho de moderado o Cazuza tinha de radical. Pelo retrato do filme, ele vivia intensamente. Tem uma cena em que ele questiona as pessoas se elas tem vergonha. Eu acho que eu seria um dos que teria vergonha de responder. Mas no fundo é vergonha de quê?
As vezes passamos tanto tempo nos escondendo de tudo que já esquecemos até o que nos levou a nos esconder. Nos escondemos atrás de máscaras, atrás do orgulho, atrás de mágoas. E esquecemos de viver. E aquele garoto que queria mudar o mundo, agora assiste a tudo em cima do muro.
Quando ninguém está realmente certo, pois existe o certo o errado e um monte de outras coisas, e nesse labirinto nem tudo é branco ou preto. Se você não se questionar sobre as coisas que faz, sobre as escolhas que toma, quem vai fazer isso pra você? Ninguém. A sua piscina tá cheia de ratos, as suas idéias não correspondem aos fatos. A vida deixa de ser vida e vira rotina. E você se acostuma com isso.
Que ridículo.
Como temos a capacidade de nos acomodar...
PS: Não se acostumem com esse post, não sei quando volto a postar.