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12 de janeiro de 2004

Um teste e Freud

Estava limpando minha caixa de mensagens e achei esse teste que eu fiz algum tempo atrás. Eu lembro que na época que eu recebi eu não gostei muito do resultado, então resolvi fazer denovo. Adivinha o que aconteceu? Deu o mesmo resultado:

Teste aqui a sua personalidade


Mas revendo o teste eu comecei a mudar de opinião (" eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"), e percebi que o resultado tem sim alguma coisa a ver comigo. De acordo com o teste os tipos de personalidades possíveis são 5: crítico, poeta, místico, astro e Peter Pan. A princípio eu queria que o resultado tivesse sido "crítico", pois acho que combina comigo: sou bastante racional e não costumo tomar decisões sem antes refletir, criticar. Mas o resultado foi outro. O teste é composto de 10 perguntas e cada uma delas vale um ponto para cada tipo de personalidade. O meu resultado foi: 2 pontos para crítico, 1 ponto para poeta, 3 pontos para místico, 2 pontos para astro e 2 pontos para Peter Pan. Praticamente um empate! Se eu tivesse respondido mais uma questão como poeta e não como mistíco teria ficado tudo igual.

Achei isso interessante, pois realmente acho um pouco difícil definir meu perfil, ou minha personalidade. E no final das contas ser místico, tem um positivismo embutido, e tenho buscado isso na minha vida. Olha a descrição do MÍSTICO:

Voltar....
"Você vive em busca de auto-conhecimento. E nessa jornada, usa mais a fé que a razão. Na hora de tomar decisões, prefere confiar na intuição, seguir o que manda o coração. Seus amigos apreciam a sua energia positiva e seu alto astral. No amor, você acredita que há alguém que seja sua cara-metade e está à sua procura."


E se tem uma coisa que é muito verdade no resultado, é que eu acredito na existência da minha cara-metade no amor, minha alma gêmea. Ou pelo menos prefiro acreditar, mesmo que eu não chegue a encontrar essa pessoa.

Acho que se meu resultado tivesse sido crítico, eu teria ficado um pouco preocupado. Crítico é aquele cara que acredita mais na razão do que no coração (eu sempre achei que eu era assim, agora eu to tentando mudar). Aproveitei as férias pra ler um pouco mais. Li sobre Freud e fiquei encucado. Foi uma leitura básica mas me deixou curioso sobre um lance de id, ego e superego. (Já ouviu falar? Não, nada disso, o superego não é um super-herói egocentrico.. rs)

É um lance interessante, tipo o id é aquilo que nasce com vc, a sua necessidade por se alimentar, por dormir, por carinho, enfim as coisas que vc faz quando vc é um bebê. Com o tempo você mantém seu id porém vai desenvolvendo os dois outros aspectos da sua psique: o ego e o superego. Quando se é um bebê e suas necessidades não são atendidas vc simplesmente abre o maior berreiro até que alguém venha em seu auxílio. O ego é um mecanismo regulador, pois não podemos simplesmente chorar quando precisamos de alguma coisa. O ego controla os nossos desejos. Bem, pra resumir o superego é a nossa conciência, e representa nosso padrões morais que se contrapõem ao ego, impondo mais um controle sobre os nossos desejos...

Mas onde eu quero chegar??? Calma, tô quase lá. O maior problema é que com tanto controle exercido tanto pelo ego quanto pelo superego acabamos reprimindo nossos desejos. Freud apontou isso como uma das principais causas de neuroses, podendo levar a pessoa a loucura em casos extremos. Quando racionalizamos muito antes de tomar alguma decisão somos influeciados por nosso ego e por conseqüência pelo superego. Ultimamente eu tenho buscado viver um pouco mais livre desses grilhões da mente. Nada de racionalizar demais.

Nisso a resposta do teste foi precisa: eu estou buscando aprender a viver (auto-conhecimento) e estou tentando usar menos a razão. Não que eu não use a razão, nem de longe! Como eu escreveria um texto desses sem pensar??? Mas por outro lado eu não pensei muito na hora de postar ele aqui. Eu pensei assim: será que alguém vai gostar de ler? vai ser interessante?. E eu parei nessas primeiras perguntas, pois se eu pensasse mais talvez eu pudesse arranjar algum motivo pra não postar. Na verdade, se eu fosse seguir apenas a minha razão com certeza eu nem teria começado a escrever esse blog. :D

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