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19 de março de 2004

O post por trás do post

Agora vou revelar o motivo que me levou a escrever o post abaixo. Um pouco de historinha: hoje de manhã estava voltando do supermercado. Fui fazer as compras da casa com a minha irmã. Ela está aprendendo a dirigir. Tirou a carta alguns meses atrás, mas ainda não ganhou a confiança necessária para sair sozinha. Por isso eu vou com ela.

Estávamos voltando por uma avenida um pouco movimentada. Minha irmã já tem todas as noções básicas do carro, enfim sabe conduzir o veículo, mas ainda não tem a habilidade necessária para se virar no meio de tanto psicopata que existe nessa maldita cidade!

Foi quando houve um estreitamento na pista. Duas faixas viraram uma e minha irmã estava na faixa da esquerda, nenhum carro na frente. Apenas um carro parado no lado esquerdo, meio da avenida, esperando uma oportunidade para entrar. Até ai tudo bem. Sem estresse. Foi quando um idiota resolveu passar pela direita, justo no estreitamento com um carro parado do lado esquerdo que nos deixava sem saída. Um motorista experiente conseguiria se sair tranqüilo da situação. Acelerando um pouco mais, ou fechando o imbecil pra que ele nem tentasse ultrapassar pela direita.

Mas infelizmente minha irmã não é experiente e os dois carros não bateram por muito pouco.

O idiota que tentou passar pela direita ainda ficou nervoso e veio reclamar. E é claro que eu tive que ouvir aquele imbecil... Ai que raiva. Mas não ouvi calado, não. Xinguei de volta. Aonde o imbecil ia com tanta pressa logo de manhã num horário sem muito movimento? Custava muito esperar um pouco, pois logo à frente a pista voltava a ter duas faixas? Não, não dava, o imbecil tinha que me estressar.

E o semáforo a frente ainda estava vermelho, por isso paramos um carro do lado do outro. Não é que o imbecil tentou provocar um acidente?!? Acelerou o carro e jogou em cima da minha irmã. Desviei o volante com uma mão enquanto usava a outra pra fazer aquele sinal gentil com o dedo do meio e mandar o cara pra @#$%%@!!!

Felizmente nada de grave aconteceu. O cara mudou de caminho e eu e minha irmã seguimos pra casa. Ela nem percebeu a tensão que rolou naquele momento. Sorte dela. Eu sentei no computador e fiquei triste. Nessas horas a vida não parece tão bela. Parei pra pensar e percebi que na maior parte das vezes as pessoas agem que nem o imbecil que eu encontrei no trânsito. Ninguém pensa nos outros. E se o cara fosse mesmo um bom motorista ele não tinha nem causado problema, ele teria ultrapassado antes ou depois, sem sequer se fazer notar... Mas não, ele queria ser o vencedor.


O trânsito é um lugar onde as pessoas normalmente revelam o pior de si.

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